O presente trabalho objetiva discutir e analisar criticamente a representação de mulheres nos espaços de poder. O estudo adota como ferramenta analítica a standpoint theory, epistemologia feminista crítica às concepções tradicionais da teoria do conhecimento, e tem por marco teórico as reflexões trazidas pela teoria democrática sobre inclusão social nos espaços de poder.

O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de reunir as visões críticas do Direito trazidas pelos estudos feministas e refletir sobre as contribuições desses estudos para o pensamento jurídico contemporâneo. Para atingir esse propósito, foi adotada, como referencial teórico, a classificação das correntes teóricas feministas do Direito proposta por Lacey (2004). O trabalho se insere em um esforço ainda minoritário no Brasil, e relativamente recente no estudo da Filosofia do Direito, de inclusão das teorias feministas nos debates filosófico-jurídicos e (...) de investigação do Direito a partir da compreensão da justificativa e do modo como as mulheres ocupam uma posição desfavorecida na sociedade. Conclui-se que o desenvolvimento da crítica ao Direito e a consequente ampliação da concretização dos propósitos jurídicos de liberdade e de igualdade dependem do aprofundamento da análise das questões de gênero no Direito, contribuições que podem ser obtidas das teorias feministas estudadas. (shrink)

En el presente artículo nos hemos propuesto analizar las variantes textuales griegas relativas a los términos “vino” y “vinagre” dentro del contexto neotestamentario de la Pasión de Cristo, así como sus correlatos en la traducción de los Evangelios en antiguo eslavo. Como resultado de dicho análisis, hemos detectado una tendencia a introducir el término “vinagre” por parte de la tradición textológica del Nuevo Testamento griego, que es secundada además por otras tradiciones, como la siríaca o la eslava.

O fio condutor deste artigo consiste em abordar a relação filosófica entre arte e realidade e o modo como as vanguardas artísticas do século XX, em especial o surrealismo, colocam em questão essa dicotomia ao se perguntar pelo papel da arte ante a realidade e pôr em xeque os modelos de representação tradicionais. É nosso objetivo, em um primeiro momento, mediante revisão bibliográfica, expor o papel da arte ante a realidade de acordo com a tradição filosófica e os modelos de (...) representação tradicionais e, em um segundo momento, analisar de que forma as vanguardas artísticas, em especial o surrealismo, subvertem esses modelos, partindo de estudos de filósofos da arte e da exemplaridade de algumas obras e manifestos europeus, mencionando também o caso brasileiro. Notamos, a partir destes dois momentos, que a ideia de realidade pode expressar tanto a realidade política, construída hierarquicamente aos moldes de uma tradição racionalista, moral e burguesa, quanto pode expressar o apagamento, pela arte, dos limites estabelecidos por essa realidade reificada para evocar uma realidade abscondita e primitiva, pertencente ao mesmo domínio subversivo da arte, como faz o surrealismo. Foi possível concluir que, se na tradição filosófica e nos modelos tradicionais de representação se estabelece, de modo geral, uma fissura entre o mundo da arte e o mundo real, em algumas manifestações vanguardistas, especialmente o surrealismo, visualiza-se uma tentativa de reunificação entre arte e realidade, assim como a própria noção de realidade é transformada. (shrink)

O ingresso na universidade acarreta mudanças na vida dos estudantes universitários, fato que pode levar à adoção de hábitos não saudáveis que podem resultar em impactos negativos na saúde e na qualidade de vida (QV) desses jovens. Nessa perspectiva, o presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos da prática de Yoga na QV de estudantes universitários participantes do programa de extensão universitária intitulado “Yoga: Awaken ONE”. O estudo caracterizou-se como pré-experimental, do tipo antes e depois. Os participantes foram submetidos (...) a aulas práticas de Yoga duas vezes por semana durante 12 semanas. As aulas tiveram duração de 60 minutos. Para avaliação da QV pré e pós intervenção foi utilizado o questionário WHOQOL-bref. No que diz respeito aos Domínios da QV e QV global, não houveram diferenças significativas em nenhuma das variáveis investigadas (p>0,05). Com base nos achados do presente estudo, conclui-se que duas práticas semanais de Yoga não tiveram efeito significativo na QV dos estudantes investigados. Dessa forma, encoraja-se novos estudos com maior tempo de intervenção e com número maior de participantes. (shrink)

Trata-se de estudo bibliográfico pelo qual analisamos a pesquisa na educação física em torno da perspectiva de reaproximação da epistemologia com a teoria do conhecimento. Analisamos que as pesquisas devem pressupor a práxis e a dialética, sendo que à luz destas devem abordar os problemas do conhecimento, da história e da realidade, também pressupondo o materialismo histórico dialético enquanto epistemologia e o socialismo enquanto projeto histórico. A pesquisa em educação física deve reverter o seu circuito de conhecimento, superando os modelos (...) hegemônicos, assim como o avançar na passagem das questões instrumentais, técnicas e metodológicas para as teóricas e epistemológicas. (shrink)

Why do learners fail to seek help, when doing so would be beneficial? Principles of rational decision suggest that seeking help is not an optimal action if its costs are greater than its expected b...

A questão do trágico é um importante eixo teórico da filosofia alemã pautado não somente na filosofia da arte, mas também no desenvolvimento de teses ontológicas que constituem a chamada filosofia do trágico. Heidegger, como herdeiro da tradição alemã, se debruçou sobre essa questão - principalmente em sua interpretação do primeiro estásimo da Antígona de Sófocles - que pode ser encontrada em diversos pontos de sua filosofia no período de 1935-1946. Inserindo-nos no debate da filosofia do trágico, nosso objetivo é (...) investigar: 1) de que modo a questão do trágico se manifesta em Heidegger; 2) em que medida Heidegger se diferencia ou se aproxima da filosofia do trágico e de autores que refletiram sobre essa questão, especificamente Hegel e Hölderlin. Nossa hipótese é que há uma via trágica original no pensamento heideggeriano, sustentada por sua noção conflitual de verdade, que é uma chave de leitura da história do ser, passível de ser construída em embate com Hegel e Hölderlin. (shrink)

Este artigo visa analisar indícios verbo-visuais de episódios de mal-estar enunciados por alunos que integram turmas da modalidade Educação de Jovens Adultos (EJA) em uma escola do interior baiano. Dedicamo-nos, especialmente, a compreender como os sujeitos semiotizam situações de embaraço social vivenciadas em salas de aula e(m) seus (d)efeitos. Como referencial teórico, partimos de pressupostos da Análise Dialógica do Discurso, da Clínica da Atividade e de outras categorias discursivas para lermos, a partir de uma dimensão axiológica, o corpus que é (...) composto por duas biograficzines. A análise dos dados registra que os (res)sentimentos dos discentes, que se deixam materializar em termos verbo-visuais, deflagram situações que ilustram a complexidade de dinâmicas que perfazem interações didáticas no ambiente escolar. Trabalhos como o nosso contribuem para tensionar a realidade escolar-profissional possibilitando a exploração de outros ângulos de nossas atividades como sujeitos sociais. (shrink)

Este artigo visa analisar modos de axiologizar o bem-estar na escola em enunciados produzidos por alunos do 9º ano do ensino fundamental de uma escola municipal do interior baiano. Interessa-nos, especialmente, compreender como os sujeitos semiotizam, em seus enunciados, o que consideram o evento mais marcante de suas experiências ao longo dos anos finais do ensino fundamental e o que isso nos informa sobre os valores ali mobilizados relativos ao papel social e institucional da escola e(m) suas modalidades de convivência (...) intersubjetiva. As análises destacam que as memórias verbo-visualmente materializadas não se limitam a registros, abrigados na consciência, mas são repositórios de experiências afetivas de e em diversos cronotopos. O fato de as memórias apresentadas recobrirem diferentes eventos interacionais oferecem-nos uma visão crítica dos estudantes de como percebem e matizam complexidades das interações por eles rememoradas e enunciadas. Trabalhos, como o nosso, que se interessam pelos afetamentos de alunos, contribuem, localmente, para que o contexto escolar seja (re)(des)coberto, tensionando como percepções sociais são semiotizadas em horizontes apreciativos de experiências. (shrink)

Chronic migraine is a difficult disease to diagnose, and its pathophysiology remains undefined. Its symptoms affect the quality of life and daily living tasks of the affected person, leading to momentary disability. This is a pilot, randomized, controlled, double-blind clinical trial study with female patients between 18 and 65 years old with chronic migraine. The patients underwent twelve mindfulness sessions paired with anodal transcranial direct-current stimulation over the left dorsolateral prefrontal cortex, with current intensity of 2 mA applied for 20 (...) min, three times a week for 4 weeks. In addition, 20 min of mindfulness home practices were performed by guided meditation audio files. A total of 30 participants were evaluated after the treatment, and these were subdivided into two groups—active tDCS and sham tDCS, both set to mindfulness practice. The FFMQ-BR, MIDAS, and HIT-6 questionnaires were used to evaluate the outcomes. After the treatment, the active mindfulness and tDCS group showed better results in all outcomes. The sham group also showed improvements, but with smaller effect sizes compared to the active group. The only significant difference in the intergroup analysis was the outcome evaluated by HIT-6 in the post treatment result. Our results provide the first therapeutic evidence of mindfulness practices associated with left DLPFC anodal tDCS with a consequent increase in the level of full attention and analgesic benefits in the clinical symptoms of patients with chronic migraine. (shrink)

Introduction: The actions taken by the government to deal with the consequences of the coronavirus diseases 2019 pandemic caused different levels of restriction on the mobility of the population. The need to continue offering physical exercise to individuals after stroke became an emergency. However, these individuals may have barriers to adhere to the programs delivered remotely. There is a lack of evidence related to adherence, attendance, safety, and satisfaction of remote exercise programs for this population.Objective: The aim was to evaluate (...) adherence and barriers to attend a remote physical exercise program for individuals after stroke. We aimed to identify adherence and attendance rate of the remote physical exercise program ; to identify the safety of a remote physical exercise program ; and to identify the overall experience to participate in a remote program.Materials and methods: This is a longitudinal study, including 36 stroke survivors who already attended a face-to-face physical exercise program prior to the COVID-19 pandemic. The remote physical exercise program included sessions for 2 days/week for a duration of 22 weeks, with a total of 44 sessions, which were delivered asynchrony via recorded video sessions. As outcome measures, we performed two questionnaires to identify attendance, barriers, safety, and overall experience related to the program.Results: The adherence rate was 86. The attendance rate was 19, with a total of 8 sessions. The main barriers for lower attendance rate were as follows: lack of motor skills and physical fitness to workout in 80 reports, followed by no exercise companion in 44 reports. The remote physical program has been shown to be safe, and the overall experience was positive from the perspectives of the participants and the family members.Conclusion: Although the adherence rate was high, the attendance rate was low on the remote physical exercise program. The main barriers to attending the program remotely reflect the need of tailoring individually an asynchrony mode of delivering the sessions to individuals after stroke. Our results also indicate how the COVID-19 impacted the health conditions of stroke survivors. The program was safe, and the overall experience indicated a change in the mental, physical, and social health of individuals after stroke and their family members. (shrink)

Philo’s work On the Life of Moses contains the story of the origin of the Septuagint (section 2.8–65). The scholars have examined this passage from two different perspectives: explaining the connection between Mosaic Law and the law of nature (2.12–14 and 2:45–53) or examining the very process of translation (2.25–44). Even though dealing with the different aspects of the story, both groups of scholars have come to the same conclusion: Philo claims that the Torah has universal significance. The starting point (...) of this paper is that the two approaches, when taken separately, are insufficient. They both raise two essential questions. First, considering that Philo was using the LXX and not the Hebrew Bible, could it be possible that his claim that the Torah is “an excellent copy” of the law of nature also refers to LXX? Second, even though the Torah is finally translated into Greek – the lingua franca of its day – why would its laws be relevant for the people outside the Jewish communities? In this paper, the analysis of Philo’s story on the LXX origin is compared with the LXX origin account in the Letter of Aristeas. The comparison will demonstrate that the changes Philo introduces into the story are indicative of his two major concerns: the universality of Mosaic law and divine intervention in the process of translation. The contribution of this paper is the acknowledgment that the two mentioned aspects – the universality of the Mosaic law and the divine intervention in the translation process are dependent on each other. The latter made the LXX not merely a translation but the same Torah that was once already given to Moses. Consequently, if the Hebrew Torah and the LXX are equal in every regard, that would mean that the LXX also perfectly reflects the natural law, which makes it relevant for all people. (shrink)

Neste trabalho, argumentamos ser a proposta historiográfica de Ubiratan D’Ambrosio (1932-2021), presente em seu Programa Etnomatemática, capaz de nos apoiar nos processos de valorização da historicidade e da diversidade cultural brasileiras. Partindo de uma pesquisa teórica, de abordagem qualitativa e bibliográfica, utilizamos alguns aspectos da perspectiva de D’Ambrosio para fazer o estudo de um episódio histórico do século XVII, baseado na tradução de um livro publicado em 1614 por um missionário francês, que participou do projeto de colonização do Brasil no (...) que ficou conhecido como França Equinocial. Nesse sentido, ao final, apresentamos uma discussão de três trechos dessa tradução que evidenciam conhecimentos astronômicos de um grupo Tupinambá que vivia no Maranhão nessa época. Com isso, buscamos oferecer subsídios para que docentes de Ciências e Física implementem propostas na Educação Básica na perspectiva das Histórias das Ciências especializadas, buscando evitar estereótipos e abordagens ingênuas, de modo a ir ao encontro, por exemplo, da Lei 11.645/2008, a qual exige a inclusão de estudos sobre história e cultura afro-brasileira e indígena em todo o currículo escolar do Brasil. (shrink)

François Stirn, professor de Filosofia, leciona em Saint-Omer, França. Autor de numerosas obras, entre elas a coleção Les grands penseurs contemporains e em colaboração com Hervé Lautrelle, Lexique de philosophie.

No presente artigo pretendemos descrever os conceitos heideggerianos apresentados no ensaio A origem da obra de arte, no qual o filósofo alemão destaca que o campo instaurador da obra de arte é a verdade. Para tanto, reconstruiremos os passos argumentativos realizados por Heidegger na investigação da origem da obra de arte, a saber, a coisa, o utensílio e a obra. E, por fim, mostraremos que a verdade em Heidegger se dá no embate entre Terra e Mundo, que se caracterizam pelo (...) encobrimento e desencobrimento do ser do ente. Após tais considerações, procuramos investigar a verdade que se pôs em obra nos quadros da artista plástica Marina Rodrigues, que ressaltou o embate entre Terra e o Mundo no período pandêmico. A artista retira da terra o material para a obra de arte, instaurando um mundo em suas telas. Nos quadros de Rodrigues nos deparamos com a finitude da existência humana e o caos urbano. (shrink)

O objetivo deste artigo é pensar a imagem do ateu nos verbetes “Ateu” e “Ateísmo” da Enciclopédia e neles traçar a possibilidade de entendermos as marcas do pensamento lockiano. Esses traços são fundamentais para compreendermos a forma pela qual houve uma mudança na imagem do ateu entre os séculos XVII na Inglaterra e o XVIII na França e como essa alteração vai contribuir positivamente para uma melhor acolhida do não crente no ceio da sociedade moderna. Para fornecer maior inteireza (...) ao texto, ele está dividido em duas partes: na primeira, investigaremos o perfil dos autores dos verbetes “Ateu” e “Ateísmo”; na segunda, examinaremos propriamente os dois verbetes da Enciclopédia e neles buscaremos detectar os ecos do pensamento político de Locke. (shrink)

Em 2019 o mundo se viu diante de um cenário desafiador, com a eclosão da pandemia do coronavírus e a implementação de políticas públicas voltadas para a reclusão da população. Diante disso, emergiu uma reorientação da prestação de serviços e das práticas de sociabilidades, inclusive, com forte impacto no âmbito religioso. Este artigo tem como escopo o uso da rede social Facebook no processo de informação e transmissão das celebrações em santuários católicos. Foram analisados os conteúdos de 92 santuários das (...) Filipinas, Polônia, Vaticano, Itália, França, Espanha, Portugal, Bósnia-Herzegovina, México, Venezuela, Argentina e Brasil. O mapeamento do amplo número de santuários virtuais resulta em usos variados das redes sociais nas transmissões de celebrações, com a construção de novas práticas romeiras e redefinição dos deslocamentos sagrados. (shrink)

As proposições condicionais receberam atenção teórica concentrada, embora intermitente, desde a Antiguidade. A atenção durante últimos quarenta anos tem sido intensa. Nesse artigo, apresentaremos os principais desenvolvimentos da análise lógica acerca das proposições condicionais e discutiremos como elas desempenham papel central em muitas teorias filosóficas. Na primeira parte dessas observações introdutórias, mostraremos como os antigos, principalmente as escolas megárica e estoica, envolveram-se com a questão dos condicionais e quão importante isso foi para os posteriores desenvolvimentos da análise lógica dos condicionais (...) no medievo e na Idade Moderna. Por fim, apresentaremos, já na contemporaneidade, C. I. Lewis expondo sua teoria da implicação estrita em franca oposição à doutrina da implicação que ele julgava errada. Espera-se que este trabalho sirva como a apresentação panorâmica de um campo que em lógica ainda é muito frutífero e fecundo para aprofundamentos e novas ideias. (shrink)

Tal como se ha plasmado en la historia, la crisis del pensamiento moderno, más que nada, ha dependido del hecho de haberse estructurado en franca colisión con las verdades relativas a la naturaleza de las cosas y al modo humano de conocerlas. Si bien tuvo su origen en una pluralidad de causas, este suceso fue provocado principalmente por el rechazo nominalista de la solución de la querella de los universales enunciada en el siglo XIII por Santo Tomás de Aquino. Rechazada (...) la solución tomista de tal controversia, el nominalismo propuso una serie de argumentos enderezados a reemplazar el conjunto de teorías aquinianas adversas, pero con ello no ha podido esquivar las consecuencias lógicas que se siguen de dicha recusación. En este sentido, en la medida en que Santo Tomás ha resuelto la querella de los universales, en esa misma medida la desestimación nominalista de tal solución ha contravenido la inteligencia del ente en cuanto ente, que es lo mismo que decir el conocimiento de las cosas en cuanto tales. (shrink)

Kant criticizes Plato for his interest in positing ideas that are entirely purified from any sensible elements, but which, nonetheless, exist in some supra-sensible reality. I argue that Kant’s criticism can be repositioned and even countered if, in our assessment of Plato, we assign a wider scope of significance and greater value to the senses. In order to lend focus to my article, I analyze Socrates’ presentation of what I translate as the “look of the Good” (τοῦ ἀγαθοῦ ἰδέαν, 508e) (...) in the Republic so as to show the proximity between Plato and Kant on the question of sensibility. I also draw on the Phaedo and extant literature that goes against the traditional view regarding the status of Ideas or Forms, including the Idea of the Good. I further discuss an affinity between the Good that is “beyond being” (ἐπέκεινα τῆς οὐσίας, 509c) in the Republic and Kant’s view of God as an Ideal of Reason. Given my articulation of the importance of the sensible dimension in Plato, there is a continuity between Kant and Plato on the question of the illegitimacy of certain ideas. In other words, in my reading (and contrary to Kant’s view of Plato), Kant does not so much overturn Plato’s metaphysics, but develops further the view that is already inscribed in Plato. (shrink)

Higginbotham argued that certain linguistic items of English, when used in indirect discourse, necessarily trigger first-personal interpretations. They are: the emphatic reflexive pronoun and the controlled understood subject, represented as PRO. PRO is special, in this respect, due to its imposing obligatory control effects between the main clause and its subordinates ). Folescu & Higginbotham, in addition, argued that in Romanian, a language whose grammar doesn’t assign a prominent role to PRO, de se triggers are correlated with the subjunctive mood (...) of certain verbs. That paper, however, didn’t account for the grammatical diversity of the reports that display immunity to error through misidentification in Romanian: some of these reports are expressed by using de se triggers; others are not. Their IEM, moreover, is not systematically lexically controlled by the verbs, via their theta-roles; it is, rather, determined by the meaning of the verbs in question. Given the data from Romanian, I will argue, the phenomenon of IEM cannot be fully explained starting either from the syntactical or the lexical structure of a language. (shrink)

The notion of epistemic responsibility applied to memory has been in general examined in the framework of the responsibilities that a collective holds for past injustices, but it has never been the object of an analysis of its own. In this article, I propose to isolate and explore it in detail. For this purpose, I start by conceptualizing the epistemic responsibility applied to individual memories. I conclude that an epistemic responsible individual rememberer is a vigilant agent who knows when to (...) engage in different kinds of mental and non-mental actions in order to monitor and update her memories, and who develops and nurture different kinds of virtuous attitudes that guide those actions. These (epistemic) virtuous attitudes are oriented not only towards herself but also towards others. Whereas this conception of epistemic responsibility does not pose a problem to understand shared memories of family members and friends, it may seem suspicious when applied to large-scale collective memories. These memories, which I name historical memories, are memories of events that have a traumatic impact for the community, are permeated by unequal relations of power, keep a complex relationship with historical science, and present other characteristics that distinguish them from individual memories. But despite these differences, the analysis undertaken in this work shows that the general principles that govern the epistemic responsibility of individual and (large-scale) collective rememberers are similar, and are based on similar grounds: pragmatic considerations about the consequences of misremembering or forgetting and a feeling of care. The similarities at the individual and collective scale of the epistemic vigilant attitude that is and should be taken toward our significant past may partially justify the use of the same epithet—“memory”—to refer to these different kinds of representations. (shrink)

Phantasmagoria explores ideas of spirit and soul since the Enlightenment; it traces metaphors that have traditionally conveyed the presence of immaterial forces, and reveals how such pagan and Christian imagery about ethereal beings are embedded in a logic of the imagination, clothing spirits in the languages of air, clouds, light and shadow, glass, and ether itself. Moving from Wax to Film, the book also discusses key questions of imagination and cognition, and probes the perceived distinctions between fantasy and deception; it (...) uncovers a host of spirit forms--angels, ghosts, fairies, revenants, and zombies--that are still actively present in contemporary culture. It reveals how their transformations over time illuminate changing ideas about the self. Phantasmagoria also tells the accompanying story about the means used to communicate such ideas, and relates how the new technologies of the Victorian era were applied to figuring the invisible and the impalpable, and how magic lanterns (the phantasmagoria shows themselves), radio, photography and then moving pictures spread ideas about spirit forces. As the story unfolds, the book features the many eminent men and women--scientists and philosophers--who in the Society of Psychical Research applied their considerable energies to the question of other worlds and other states of mind: they staged trance seances in which mediums produced spirit phenomena, including ectoplasm. The book shows how this often embarrassing story connects with some of the important scientific discoveries of a fertile age, in psychology and physics. Over a sequence of twenty-eight chapters, with over thirty illustrations in color and black and white, Phantasmagoria thus tells an unexpected and often uncomfortable story about shifts in thought about consciousness and the individual person, from the first public waxworks portraits at the end of the eighteenth century to stories of hauntings, possession, and loss of self as in the case of the zombie, a popular figure of soulessness, in modern times. (shrink)

LA ÉTICA DE EDMUND HUSSERL trata de recoger la doctrina ética de Edmund Husserl (1859–1938), con la idea de dar a conocer el contenido moral que encierra la rica obra husserliana. Además, constituye una buena introducción a quienes se aproximan a la filosofía del fundador de la fenomenología, y un buen servicio incluso para quienes ya conocen su pensamiento solamente en relación con la teoría del conocimiento o con la lógica. Concretamente, la ética de Husserl —en un cuidado y ajustado (...) equilibrio entre el papel de la razón, el de la voluntad y el del sentimiento— ofrece la posibilidad de rescatar la afectividad del sentimentalismo ciego e instintivo sin caer en el extremo contrario del racionalismo inhumano; enseña cómo tomar libre y realmente nuestra vida en nuestras propias manos y dirigirnos a un ideal personal; muestra cómo comportarnos con nuestros semejantes reconociéndolos en su verdadera dignidad, y cómo podemos ayudarnos los unos a los otros. Y para todo ello, en fin, nos proporciona el suelo seguro de la experiencia interna evidente, resistente a toda crítica procedente de la ciencia empírica o del cinismo posmoderno. La exposición del discurso ético pasa necesariamente por meandros psicológicos y antropológicos, como no podía ser de otra manera. De modo que la doctrina moral de Husserl desvela asimismo e inseparablemente un sustancioso contenido psicológico y antropológico. Por otra parte, se ha preferido mantener en general el estilo fenomenológico del autor, esto es, procediendo analíticamente en sucesivos niveles de profundidad. (shrink)

It seems natural to think that emotional experiences associated with a memory of a past event are new and present emotional states triggered by the remembered event. This common conception has nonetheless been challenged at the beginning of the 20th century by intellectuals who considered that emotions can be encoded and retrieved, and that emotional aspects linked to memories of the personal past need not necessary to be new emotional responses caused by the act of recollection. They called this specific (...) kind of memories “affective memories” and defended their existence. My aim here is to expound the historical background of this debate as well as the characterization and development of the notion of affective memory since its first inception. I aim to show that although the debate was left unresolved and the term disappeared from academy around 1930, many of the characterizations of the nature of emotions and memory done by the advocates of affective memory have reappeared in the scientific agenda and been further developed during the last decades. (shrink)

This paper develops a largely neglected parallel between prudence and population ethics. Prudence is generally understood to be concerned with the balancing of well-being over time. How, precisely, well-being ought to be balanced over time, however, is a fervently debated question. I argue that developing a standard guiding such evaluations is exceedingly challenging. This is due to an often overlooked fact about prudence, namely that it shares a structural similarity with population ethics: In both contexts, we assess the comparative value (...) of populations of personstages/people, which may vary in number and level of well-being. Based on this analogy, I show that the development of an adequate theory of prudence runs into very similar impossibility results as obtain in population ethics. In particular, I prove that Arrhenius’ fifth impossibility theorem can be applied to prudence. I develop and compare four possible answers to this challenge. First, I discuss the possibility of accepting the very repugnant conclusion intrapersonally. Second, I present and further develop Donald Bruckner’s Minimax Regret approach, which gives up Transitivity. Third, I apply Jacob Nebel’s Lexical Threshold View to prudence and critically evaluate it. Lastly, I introduce what I call the Negative Lexicality View, which is based on Lexical Threshold View but overcomes some of its problems. (shrink)

This article argues for a viable genealogical approach within critical theory that could settle the questions regarding normative viability of such critique. Then, the implications of the normative inheritance implied lead to the pairing of Jaeggi’s conceptualization and critique of forms of life with Rosa’s dual diagnosis of (late) modernity through the structural lenses of genealogy as tridimensional endeavor posed by Saar. In the end, the final argument is that a genealogical critique in these terms could be the next step (...) towards the revitalization of decolonial studies and a path for direct political action. (shrink)

The philosophical nature of the two versions of paraphrasing the Gorgias’ treatise On Non-Being — the skeptical version by Sextus Empiricus and the peripatetic version by an anonymous author — are discussed. The paper gives a comparative analysis of the arguments upheld by the informants enunciating Gorgias’ thoughts, demonstrates the range of philosophical problems, which Gorgias considered, judging by the reports of his speech, and shows how both versions add to and clarify each other in terms of philosophical issues. The (...) work provides insights as to how Gorgias modernizes and transforms the initial attitudes of Parmenides, shifting the reasoning plan: from how thought can be directed to an object and the qualities of this object to how thought can be directed to the non-existent. Accordingly, the problems of intentionality in the Gorgias’ teaching are considered as well as the privileged status of any of mental states, the nature of word or speech as an autonomous way to develop knowledge about external objects, the issue of meaning as a reference, and inter-subjectivity in cognition. A conclusion is reached that giving preference to one of the paraphrasing versions impoverishes our understanding of the Gorgias’ teaching considerably, while the joint analysis of both versions demonstrates the engagement of the sophistic issues raised by Gorgias, in the philosophical and, particularly, the epistemological paradigm of the ancient as well as modern philosophy. (shrink)

Un discurso sobre las ciencias -- Hacia una epistemología de la ceguera : por qué razón las nuevas formas de "adecuación ceremonial" no regulan ni emancipan? -- Hacia una sociología de las ausencias y una sociología de las emergencias -- Más allá del pensamiento abismal : de las líneas globales a una ecología de saberes -- El fin de los descubrimientos imperiales -- Nuestra América : reinventando un paradigma subalterno de reconocimiento y redistribución -- Entre Próspero y Caliban : colonialismo, (...) poscolonialismo e inter-identidad -- De lo posmoderno a lo poscolonial y más allá de uno y de otro. (shrink)

Nadie sabe lo que quiere la Justicia porque la justicia no se deja escribir. Cuando digo escribir, digo instituir. La Justicia no se deja instituir. Con ello debe lidiar la actividad judicial, con el límite mismo, con la propia imposibilidad. Límite que exhibe oculto que hay algo allí que no hace cuerpo. Que hay algo que el orden de lo simbólico no logra apresar. Legendre decía: en occidente, instituir es escribir. Instituir a los hombres es ante todo, escribirlos, inscribirlos, ¿marcar (...) sus cuerpos? Kafka lo sabía bien. La democracia enfrenta también un desafío similar: asumir que el signo de lo ilimitado la acompaña en el regazo mismo que la dialéctica de la modernidad le ofrece. Los escritores, señala Milner, han descripto lo ilimitado para condenar sus consecuencias y sustraerse a ellas, como el caso de Rousseau, o para constatarlas y combatirlas mediante estrategias de inversión, de Baudelaire a Brecht.Arrasar con la diferencia es no soportar el límite, aquello que hace borde, aquello que no se deja decir. En otras palabras no aceptar la falta en el lenguaje. El presente trabajo pretende mostrar que es, precisamente, el punto de cruce que constituye el límite mismo, el lugar que aloja un encuentro posible entre justicia y democratización. El límite, lejos de clausurar, posibilita aquel enlace, lo augura. Es a nivel del lenguaje que esta relación requiere ser situada. Democratizar la lengua supone horizontalizarla, en otras palabras, abogar por la apertura y circulación del sentido. Son las teorías críticas del derecho las que aportan las herramientas necesarias para pensar esta articulación. Como señala Cárcova, es en el campo del sentido en donde el derecho adquiere su especificidad y produce los efectos que le son propios. Profundizar la democracia desde el campo jurídico exige, ante todo, democratizar al derecho mismo. (shrink)

Die Hauptthese dieses Buches ist es, Krankheit und Gesundheit mit Nietzsche auf zwei verschiedenen Ebenen zu denken, nämlich als Ereignisse des Willens zur Macht in einem zirkulär-relationalen Modell, in dem sie sich gegenseitig behaupten, sowie die Metaebene der Konzeptualisierung anzuerkennen. Es behandelt die Schwierigkeit des begrifflichen Denkens, diese Ereignisse einzuholen, und diskutiert kritisch Modellbildungen, die darauf hinauslaufen, dass Krankheit zu überwinden und als lineares singuläres Ereignis zu verstehen sei. In Nietzsches Spätwerk wird die Figur des "dionysischen Künstlers" als Idealisierung der (...) Gesundheit gemäß seiner interpretierenden Sichtweise der Welt dargestellt. Die Relevanz des Buches liegt darin, eine Analyse der Begriffe von Gesundheit und Krankheit (tragischer und schlechter Pessimismus) in direkter Beziehung zu leiblichen Vorgängen vorzulegen, die sich von metaphysisch-dialektischen Voraussetzungen befreit. Zu diesem Zweck widmet die Untersuchung sich einer intertextuellen Lektüre der fünf Vorreden, die Nietzsche 1886/87 zu seinen früheren Schriften verfasste, und verknüpft sie mit der Interpretation des Nachlasses und weiterer Veröffentlichungen aus seiner letzten Schaffensphase. (shrink)

Entrevista com o geógrafo brasileiro Milton Santos, onde ele faz uma profunda reflexão sobre o Brasil e o mundo atual, abordando criticamente temas como a globalização, a ideologização da vida social, a geografia como disciplina crítica e o papel do intelectual nos dias atuais.